Sem dinheiro para energia, supercomputador brasileiro é desligado

O Brasil tem o maior supercomputador da América latina, sendo que ele é um dos 300 mais rápido do mundo, foi inaugurado e esse ano e custou R$ 60 milhões, e precisou ser desligado por falta de dinheiro para pagar a conta de energia (é não ta fácil para ninguém), o computador fica no Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis no Rio d Janeiro.

Os valores da energia chegam a R$ 500 mil por mês (E você achando sua conta de energia cara), só que o governo não reajustou o orçamento, com isso o valor da energia passou a consumir 80% dos recursos do laboratório, o que torna inviável o funcionamento integral do supercomputador

O Supercomputador chamado de Santos Dumont ocupa 380 metros quadrados, mas consome energia suficiente para abastecer três mil famílias. Segundo o Diretor da LNCC Augusto Gadelha.

O Santos Dumont é um dos projetos mais caros financiado pelo Brasil, e vinha sendo utilizado para diversas pesquisas, incluindo sobre o mal de Alzheimer e o Vírus Zika.

A paralisação dessa máquina traz prejuízos incalculáveis para a comunidade científica. São projetos voltados para doenças como a zika e a dengue, para modelagem do sistema vascular (que é importante para profissionais de cardiologia) e projetos na área de energia, petróleo e gás. São projetos que teriam impactos positivos sociais e econômicos, mas estão parados por causa da indefinição quanto ao uso do supercomputador, lamenta o Chefe do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho Antônio Tadeu.

A paralisação do Supercomputador também pode ser consequências irreversíveis no equipamento, como explica o coordenador de tecnologia do laboratório, Wagner Leo.

Não só a máquina, em si, mas toda a infraestrutura de suporte ao equipamento pode sofrer danos pela paralisação. A máquina é toda refrigerada à água. Ela é como se fosse um carro, com óleo e refrigerada a líquidos, em seu interior. Então todas essas peças podem sofrer danos se ficarem sem uso. Um equipamento eletrônico não pode ficar parado, explica.

Nos últimos dias, o supercomputador passou a ser ligado por algumas horas, fora do horário de pico, para evitar os danos em sua estrutura.

O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações disse esta ciente da situação e informou que está em busca de uma suplementação orçamentária para o LNCC junto ao Ministério do Planejamento. Não há previsão de anúncio.

O supercomputador tem três módulos: o Santos Dumont CPU, com 18.144 núcleos de processadores Intel Xeon; o Santos Dumont GPU, com 10.692 núcleos tanto da Intel quanto da NVIDIA; e, por fim, o Santos Dumont Hybrid, com 24.732 núcleos Intel Xeon e coprocessadores Intel Xeon Phi. O processamento total da máquina chega a 1,1 petaflops. Mas desligado não adianta para nada toda essa capacidade.